Por essas e outras, cada vez mais me convenço de que é preciso realmente exercitar a memória, como recomendam os especialistas. Mas, afinal, o que é a memória?
A memória se apoia na extraordinária capacidade do cérebro de, constantemente, reconfigurar seus circuitos. Sabemos hoje que o armazenamento das lembranças tem influência não apenas nas mudanças e uma longa sucessão de lembranças de momentos vividos: nós acumulamos tamanha informação que a capacidade da memória parece ilimitada. Esse estoque de conhecimentos e lembranças é essencial para a construção da personalidade.
Um exemplo disso são as pessoas que, após sofrerem um acidente vascular cerebral, ficam amnésicas e, ao esquecerem suas histórias pessoais, perdem assim a própria identidade.
A memória não é apenas um estoque de informações: é também um instrumento de trabalho. Como manter um diálogo se vamos esquecendo as frases enquanto falamos? Como desenvolver um raciocínio sem nos apoiarmos em conhecimentos adquiridos anteriormente?
A memória dos acontecimentos nos permite, além disso, prever as consequências de nossos atos e adaptar o comportamento às circunstâncias e aos resultados esperados. Ela permite, portanto, que possamos projetar o futuro, ao contrário do que acontece com os amnésicos graves, que vivem presos ao presente e que por isso encontram grandes dificuldades em planejar suas ações.
Uma atividade intelectual constante, a qualidade da vida social e hábitos saudáveis continuam sendo os melhores auxiliares da memória.
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