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Enxaqueca tem cura? Saiba os mitos e verdades sobre a doença

6 de junho de 2011 3 comentários
80%
das pessoas sofrem 
com enxaqueca no Brasil
O neurologista da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e médico do Hospital Smaritano, Getúlio Daré Rabello. Explica sobre os mitos e verdades da enxaqueca.

1- Enxaqueca é uma doença genética?

Verdade. A enxaqueca é uma doença genética. Caso você tenha os sintomas, pode ter certeza que seus pais também possuem algo semelhante. Dessa forma, não é possível afirmar que os agentes causadores têm relação com agentes externos necessariamente.

2- A cafeína é um dos fatores que causam os sintomas?

Mito. Não é possível dizer que o café ou o chocolate, por exemplo, sejam os causadores da enxaqueca de todo mundo. Cada paciente possui um agente deflagrador da doença. Pode, sim, ser a cafeína, como também podem ser outras causas.
3- Excesso de medicamentos melhora ou piora as crises?
Piora. A verdade é que todo medicamento tomado em demasia pode prejudicar o usuário. Há uma tolerância e dependência do medicamento. Ele passa a não funcionar e pode até prejudicar em grandes quantidades.
4- Quem descobre que determinado alimento causa enxaqueca deve tirá-lo de sua dieta?

Mito. Não é porque determinado alimento dá enxaqueca que ele precisa ser tirado da vida do paciente. A cafeína, que faz mal a algumas pessoas, pode ser controlada. Duas a três xícaras de café por dia são o suficiente. A orientação é não ultrapassar os limites. O mesmo acontece com o vinho.

5- A alimentação, de um modo geral, tem relação com a enxaqueca?
Depende. A alimentação não está diretamente ligada à doença. Enxaqueca e sistema gastrointestinal é coisa do século passado. Não há sentido técnico. Mas volto a citar os agentes causadores. Cada um possui o seu e certos alimentos podem estar listados. Outra coisa importante é que a falta de regularidade nas refeições também pode desencadear crises. É preciso comer em horários corretos.

6- E o sono? Demais ou de menos podem causar a cefaleia?
Assim como a regularidade da alimentação, o sono também precisa estar de acordo com a pessoa. O corpo de cada um sabe o tempo exato que é preciso para estar bem. Dormir pouco pode ser ruim, mas dormir muito também. Existem pacientes que se sentem bem com cinco horas de sono, outros que o suficiente são oito horas.
7- E com relação ao estresse? Ele pode agravar as crises?
Depende. Claro que estresse é um fator ruim para as pessoas, mas um pouco dele é fundamental para a vida. Dá motivação. Além disso, o estresse é uma reação orgânica normal do ser humano. Caso extrapolado, no entanto, ele pode prejudicar a população e causar enxaquecas.

8- E a ansiedade? Especialistas dizem que este é um fator importante. É verdade?
Sem dúvidas. A enxaqueca faz parte da vida das pessoas mais ansiosas. Ela possui mecanismos neurológicos que deflagram as maiores crises da doença. Assim, é possível dizer ainda que o controle da ansiedade está diretamente ligado ao controle da cefaleia.

9- Mas a cefaleia tem cura?
Mito. Como é uma doença genética, não há cura. O que podemos dizer é que ela tem prazo de validade. Normalmente, a enxaqueca começa a afetar as pessoas na adolescência, ficam mais fortes entre os 30 anos e diminuem de intensidade após os 40/50 anos. Entre as mulheres é comum que melhorem muito as crises após a menopausa.

10- E os hormônios? Têm relação com a enxaqueca?
Verdade. Tanto é que muitas pessoas costumam dizer que as pílulas causam enxaqueca. Isso depende do nível de estrógeno que ela possui. Muito ou pouco, ele é um neuro-hormônio, o que pode ajudar a provocar a enxaqueca.

Por fim, Rabello alerta que não é possível generalizar os sintomas da enxaqueca e achar que uma lista de alimentos ou atividades resolva o problema de quem sofre com os sintomas. “Há uma massificação sem sentido. Cada paciente precisa descobrir seu próprio agente causador antes de seguir um tratamento”, afirmou. O médico ressalta, ainda, que é importante que as pessoas procurem um neurologista para fazer o controle correto para prevenção das dores.

Sinta-se em casa e deixe seu comentário.

3 comentários:

Jo Turquezza disse...

Tenho duas amigas que sofrem demais com enxaqueca. É terrível!
Boa semana. Beijos.

Lu Souza Brito disse...

Oi Silvia,

Mais um que vou copiar e enviar (para o marido, rsr).
Ele pena coitado. Eu não tinha, até iniciar o tratamento para artrite (coincidencia ou não), mas tem a genética também. Todos em casa sofrem com enxaqueca).
É a dor mais pavorosa que eu ja senti na minha vida.
Claridade, cheiros, nossa, são como armas letais.
E o café e o chocolate nao trazem a dor, mas piora o quadro se você ja estiver com dor e ingerir estes alimentos.
Beijos

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Silvia, ótimo assunto, amiga! Claro que é genético: trago de minha mãe e já passei para minha filha rsr. Porém tem outra coisa: o emocional e o bruxismo!

Depois que minha dentista descobriu que tenho um maxilar de pitbull, ao dormir, que era a maior causa de minha enxaqueca, corri atrás da cura. Hoje não tenho mais. Existe um aparelho que suaviza a pressão nos dentes.

Esta sua postagem é utilidade pública das maiores. Assino embaixo. Muita coisa é mito.

Beijos, amiga!
Tais Luso