“Além da troca de afeto, existe o acesso do jovem a uma outra época. Muitas vezes ele se surpreende ao descobrir que o avô esteve na guerra, que trabalhou na lavoura ou enfrentou dificuldades extremas”, analisa. “Estimular o contato dos filhos com o idoso também é uma forma de diminuir o preconceito. Esses pais, quando envelhecerem, terão um acolhimento diferente por parte de filhos se eles aprenderam a respeitar os idosos.”
Convívio entre gerações traz ganho afetivo e cultural.
26 de junho de 2009
1 comentário
A chance de compartilhar a maturidade com os avós - e não apenas a infância - reflete a expansão da longevidade no Brasil na última década. E os especialistas destacam que o tempo que separa as gerações é o mesmo que as une. “Essa família expandida, que possibilita um convívio intergeracional, é positivo para todos. Os netos recebem uma base emocional, afetiva e cultural muito grande", explica a gerontóloga Dorli Kamkhagi.
"Para o idoso, sentir-se com uma função social, a de transmitir legados, sentir-se ouvido por alguém que deseja aprender com ele e não apenas vê-lo fazer tricô, é um estímulo enorme. Alguém que é escutado é alguém que tem um porquê para viver”.
Na avaliação da psiquiatra Rita Cecília Ferreira, do Programa da Terceira Idade, também desenvolvido pelo IPq da USP, a distância entre as gerações de netos e avós é compensada pela proximidade emocional entre eles, o que propicia o diálogo e a interação. “O relacionamento do jovem com os avós é facilitado porque recebe deles um afeto puro, sem a obrigação da educação e do limite, algo que compete aos pais. Além disso, quase sempre os avós são muito disponíveis porque já não estão tão envolvidos com o mercado de trabalho quanto os pais do jovem. ” Para Rita, netos e avós que envelhecem juntos ajudam a perpetuar a história da família.
“Além da troca de afeto, existe o acesso do jovem a uma outra época. Muitas vezes ele se surpreende ao descobrir que o avô esteve na guerra, que trabalhou na lavoura ou enfrentou dificuldades extremas”, analisa. “Estimular o contato dos filhos com o idoso também é uma forma de diminuir o preconceito. Esses pais, quando envelhecerem, terão um acolhimento diferente por parte de filhos se eles aprenderam a respeitar os idosos.”
“Além da troca de afeto, existe o acesso do jovem a uma outra época. Muitas vezes ele se surpreende ao descobrir que o avô esteve na guerra, que trabalhou na lavoura ou enfrentou dificuldades extremas”, analisa. “Estimular o contato dos filhos com o idoso também é uma forma de diminuir o preconceito. Esses pais, quando envelhecerem, terão um acolhimento diferente por parte de filhos se eles aprenderam a respeitar os idosos.”
Dra.Dorli Kamkhagi é doutora em psicologia pela PUC e gerontóloga do Hospital Dia - Estudos do Envelhecimento - laboratório do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
LONGEVIDADE
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1 comentários:
Que lindo post, Silvia!
Gostaria de ver seu pitaco no meu último post também. Te espero lá, ok.
beijos cariocas
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