“Idosos serão a bola da vez do mercado”, afirma a pesquisadora Suyen Miranda, diretora da consultoria de RH Solução Labor e graduanda de gerontologia na EACH-USP. Por estudar o comportamento e dinâmica das relações empreendedoras e empregatícias, Suyen observa que as empresas querem profissionais qualificados e capazes de trazer resultados com a melhor relação custo benefício, e neste sentido teremos cada vez mais nos profissionais maduros, idosos, estas características aliadas a experiência prática. “O profissional experiente tem como diferencial uma racionalidade e maturidade que facilitam o equilíbrio emocional; este aspecto, aliado a uma boa base acadêmica e contínuo aprendizado fazem dele o objeto de desejo das empresas. Quem é que não prefere alguém mais experiente, equilibrado e focado para ser parceiro de sucesso?”, indaga a pesquisadora.
O preconceito contra o idoso no mercado de trabalho já vem sendo quebrado e mesmo revertido, como aponta a equipe da Solução Labor. Empresas de maior porte tem contratado e trazido de volta ao mercado profissionais que já estavam aposentados que tiveram sólida carreira e encaram esta nova fase como uma releitura desafiante. “Pessoas que se aposentaram há alguns anos tem sido realmente procuradas e a resposta delas tem sido boa, mesmo levando em conta que precisam de informações quanto a inovações tecnológicas; no entanto, atribuo que a plasticidade no aprendizado seja facilitada pelo profissional mais maduro estar menos tenso quanto a sua performance e consciente que a tecnologia vem para auxiliar e não para tirar postos de trabalho”, explica Suyen Miranda.
Além do quesito empregabilidade, outro adicional apontado por Suyen é que a inovação em pesquisa científica tem trazido ganhos significativos para os mais maduros, que passam a ter a conotação de longevos – pessoas com plena funcionalidade, saudáveis e aptos para desfrutar da sociedade com plenitude – graças a uma melhor disciplina e conhecimento sobre qualidade de vida. “O idoso já é um consumidor potencial exigente, gosta de qualidade e reconhece em seus pares competência e credibilidade”, explica Suyen, que também estuda qualidade de vida e sustentabilidade. “Mais e mais idosos estarão presentes e criarão demandas de consumo, como já vem ocorrendo nos empreendimentos imobiliários voltados a esta faixa etária, viagens, entretenimento e educação”, Suyen aponta como exemplos desta tendência.
A questão da saúde dos idosos no ambiente de trabalho é outro foco das pesquisas da Solução Labor. Na opinião da equipe, o idoso consciente de seu papel na estrutura organizacional tende a lidar melhor com o equilíbrio entre sua produção e sua vida pessoal, até porque sabe o quanto precisa e deve priorizar sua saúde.
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1 comentários:
Eu fico muito preocupada com a juventude de hoje: muitos não sabem nada, não estudam nada.
Está faltando no mercado bons profissionais, não basta ter um "canudo", tem que ter estudado e ter vontade de trabalhar e aprender cada vez mais.
Mas as nossas escolas estão decaindo a cada dia ..........
Tomara que essa situação se reverta.
Os idosos podem ensinar muito.
Beijos.
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