"Mas o melhor mesmo é o ato heróico desse neto, que salvou a vida da sua avó com um remédio que vale por um milhão de antidepressivos:
Propósito, propósito, propósito.
Levante desse post e telefone agora para o pessoal que te colocou no mundo. Vai."
No ano passado, o fotógrafo francês Sacha Goldberger sofria ao ver sua avó de 91 anos, com depressão, um problema muito comum entre os idosos. Resolveu tentar ajudar. Usou uma estratégia pouco ortodoxa, mas a que conhecia melhor: uma sessão de fotos. E quanto mais maluca, melhor. No começo a Dona Frederika precisou ser arrastada e deu umas bengaladas no neto, mas depois que as sessões começaram…
Dona Frederika viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, mas teve a satisfação de ser uma heroína para 10 judeus, que ela ajudou a esconder, mudando-os de lugar todo santo dia. O tema das fotos não poderia ser outro e logo a “Mamika” (vovó em Húngaro, sua línga natal) virou a Super Mamika. E em pouco tempo o personagem trouxe de volta toda a vitalidade e bom humor com que ela sempre encarou a vida. Sua página no MySpace virou um sucesso e centenas de mensagens começaram a chegar.
“Você é avó que eu queria! Me adota?”
“Quero ser como você quando eu crescer!”
No começo não entendeu muito o sucesso repentino das suas fotos, sensacionais diga-se de passagem, mas logo percebeu que além de serem ótimas, traziam alguma mensagem positiva. E aí tudo mudou. Dona Frederika ganhou de volta uma das coisas mais importantes que podem existir para qualquer pessoa: um propósito.
Bom, isso foi no começo do ano passado. De lá para cá, a vovó “viralizou” (imagina o susto dela ao saber disso nessa idade), passou por todos os blogs-trampolins (”Mamika has the power of 15 Unicorns” -BB), fez dezenas de aparições em programas de TV, deu várias entrevistas em revistas e virou um sucesso tão grande que foi parar no IMDB e chegou uma proposta de Hollywood para transformar sua história em filme. A Super Mamika já tem até uma versão dark-power, onde apresenta um novo companheiro, interpretado por Dark Papouka, que também esteve em um campo de concentração durante a guerra.
Por Wagner Brenner
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