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MITOS E VERDADES SOBRE A INCONTINÊNCIA URINÁRIA

12 de março de 2009 2 comentários
Às vésperas do Dia Mundial da Incontinência Urinária, 14 de março, a Dra. Miriam Dambros, chefe do setor de urogeriatria da Sociedade Brasileira de Urologia tira as dúvidas sobre a doença.

A perda de urina é um problema de idosos.

Mito. Apesar da maior prevalência entre os idosos, a Incontinência Urinária não é natural do envelhecimento e pode acometer jovens, adultos, idosos, homens, mulheres e até crianças. Atualmente, por conta do aumento da expectativa de vida, são cada vez mais comuns casos de pessoas em idade ativa com Incontinência.

A Incontinência Urinária não é uma doença comum.

Mito. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, uma em cada 25 pessoas desenvolve Incontinência Urinária.

A Incontinência Urinária é mais comum entre mulheres.

Verdade. As mulheres têm probabilidade 2 vezes maior que os homens de apresentar esta condição, por conta da gravidez, do parto e de disfunções hormonais. Cerca de 40% das mulheres após a menopausa perdem urina de forma involuntária. Aproximadamente 8% dos homens que passam por alguma cirurgia da próstata também vivenciam por um período a incontinência.

Incontinência Urinária e Bexiga Hiperativa são a mesma coisa.

Mito. A Bexiga Hiperativa é uma disfunção caracterizada por contrações involuntárias da bexiga que causam uma vontade excessiva de urinar, levando o paciente muitas vezes ao banheiro durante o dia e à noite também. Já a Incontinência consiste na perda de urina. No entanto, os dois problemas podem estar associados: o paciente pode ter Bexiga Hiperativa e perder urina também, o que se caracteriza a Bexiga Hiperativa Mista.

Hábitos saudáveis evitam o desenvolvimento da Incontinência Urinária.

Verdade. A obesidade, a ingestão de alimentos gordurosos, a baixa ingestão de fibras e o tabagismo são fatores de risco para a IU. Por isso, alimentação balanceada e hábitos saudáveis podem ajudar a evitar o problema futuramente. Estudos mostram que pessoas que fazem exercícios aeróbicos três vezes na semana por 30 minutos reduzem à metade as chances de desenvolver incontinência urinária.

A Incontinência Urinária pode levar à depressão.

Verdade. A perda de urina causa restrições sociais, sexuais, ocupacionais e domésticas. Os pacientes se isolam com medo de passar por situações constrangedoras em viagens, festas e até em atividades rotineiras e no trabalho. Este isolamento pode, sim, resultar em depressão. Por isso, é muito importante ficar atento aos sintomas, uma vez que muitos pacientes escondem o problema da própria família e não procuram orientação médica.

A Incontinência Urinária tem tratamento.

Verdade. Os tratamentos atuais permitem que em média de 70% a 80% dos portadores obtenham melhora dos sintomas. Ele pode ser feito por fisioterapia do assoalho pélvico, medicamentos ou cirurgia. No caso da Bexiga Hiperativa Neurogênica, recentemente a ANVISA aprovou o uso do BOTOX® (Toxina Botulínica Tipo A) como alternativa de tratamento. A substância é aplicada no músculo da bexiga, relaxando-o e impedindo as contrações involuntárias e, consequentemente, a perda de urina. A vantagem deste novo tratamento é que ele não possui efeitos colaterais, como acontece com os medicamentos, e não apresenta os riscos da cirurgia. O efeito do medicamento dura de 6 a 9 meses, mas pode ser reaplicado após este período.

O médico que trata desta disfunção é o urologista.

Verdade. Diferente do que muitas pessoas pensam, o urologista não é um médico de homens, assim como o ginecologista é de mulheres. Ele é um especialista no aparelho urinário e, portanto, o mais indicado para orientar sobre qualquer disfunção miccional como a IU, tanto em homens, como em mulheres, crianças e idosos.

Saiba mais... Com o objetivo de difundir informações sobre a Incontinência Urinária este e outras disfunções miccionais, a disciplina de Urologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) lançou o site

www.disfuncaomiccional.MED.br. (o endereço do site, já aqui, na barra lateral está na lista de sites úteis)

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2 comentários:

Cristiane A. Fetter disse...

Grandes informações.
Minha mãe teve este problema e fez uma cirurgia de perínio aos 34 anos, depois de 2 partos naturais dirigidos pelos então ignorantes médicos do sistema público de saúde, que não queriam aguardar o nascimento em tempo normal, mas praticamente nos expremeram para fora do corpo da minha mãe.
bjks

Solange Maia disse...

Silvia,

Não resisto a dar uma passadinha por aqui... só a foto de seus pais já me enche os olhos, já disse isso...
Adoro seus textos, eles retratam com uma franqueza íntima essas questões que fazem ou inevitavelmente farão parte de nossas vidas !!!

Parabéns filha coruja !!!

Beijo carinhoso!

Solange

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com