Mais de 50 / Maria Fernanda Schardong
Os prós e contras das instituições de longa permanência para idosos
19 de maio de 2009
1 comentário
Um pai que não está tão bem da cabeça, uma mãe que já não se lembra de muita coisa e, até mesmo, uma avó que não sabe mais quem é você. Com o avanço da idade e o surgimento de algumas doenças, é a família que deve decidir como e onde cuidar do idoso. Recorrer as Instituições de Longa Permanência, os conhecidos asilos , ou manter em casa? A decisão nem sempre é fácil e requer ajuda profissional em muitos casos.
Está na lei. É dever da família, do Poder Público e da sociedade, o respeito, o amparo e a inclusão social do idoso na sociedade. Institucionalizar o idoso, ou seja, levá-lo para um asilo, só em último caso. De acordo com a Política Nacional do Idoso, todo o idoso deve participar de forma atuante na sociedade e em sua própria vida. O asilo aparece como alternativa, no momento em que não for mais possível manter sua independência ou se este vir a desenvolver alguma doença degenerativa. E ainda assim não tiver alguém que tenha algum vínculo afetivo para promover o cuidado.
Quando se trata de asilamento, o assunto é sério. Sandra Rabello é coordenadora do Projeto Atenção Asilar, da Unati/UERJ, e afirma que discutir as razões que levaram ao asilamento é o primeiro passo para elaborar propostas cada vez melhores para este casos. “Penso que as Instituições de Longa Permanência, caminham para uma interatividade com as mudanças que a sociedade vêem sofrendo frente as perspectivas de longevidade. Assim, as ILPI's, devem se constituir uma opção para aqueles idosos que procuram por uma instituição que cumpra com as finalidades de amparo,atenção à saúde e respeito ao idoso.
A família não pode fugir da responsabilidade. O elo entre a família e o idoso é o ponto crucial na questão da institucionalização. Edya Solange sabe bem disso, e para ela, asilo é carta fora do baralho. Aos 56, ela se divide em mil para conseguir tratar de seus assuntos pessoais e, ao mesmo tempo, cuidar de seus pais. “Meu pai está com 84 anos, e minha mãe com 80. Na nossa relação, os papéis interagem de forma muito interessante: ao mesmo tempo em que cuido deles, levo ao médico, às vezes, peço conselhos e orientações a eles. Eu não me perdoaria se algo acontecesse com eles, e eu não estivesse por perto”, afirma a filha dedicada.
Embora seja uma opção remota, para muitos, o asilo surge como a única opção viável. Decisão tomada, alguns cuidados devem ser tomados. “Toda instituição deve ter uma equipe multidisciplinar treinada na linha da Geriatria e Gerontologia. Deve possuir equipe médica e de enfermagem presentes, seguir os Princípios da Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso. Além de estimular o idoso à participação social, orientar familiares sobre os diversos aspectos do envelhecimento, e outros procedimentos inerentes ao bom funcionamento destas instituições”, alerta Sandra.
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1 comentários:
Cruel ne amiga naum cuidar dos pais idoso.
Meu querido e velho paizinho morreu com 87 anos, tão lúcido, tão lindo e tão fofo.Faz 2 anos sinto tanta falta dele, chega a doer.
Tem dias que sinto a presença dele do meu lado.
Pena que certos filhos naum dá o valor que os idosos merecem.
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