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Na busca por uma melhor qualidade de vida, inibir a dor é objetivo comum entre as pessoas. Para isso, existem vários tipos de tratamento e o mais utilizado são os analgésicos. Entretanto, nem sempre o uso de remédios é a melhor opção no combate à dor, conforme explica Irimar de Paula Posso, chefe da Equipe de Controle de Dor da Divisão de Anestesia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). É preciso ter cuidado com medicamentos, pois ao mesmo tempo em que aliviam a dor eles podem trazer um grande inconveniente: a dependência. “Alguns analgésicos causam muita dependência. Na medida em que vão recebendo a medicação, as pessoas sentem uma sensação de bem estar tão grande, que nem se dão conta do mal que estão causando a elas mesmas”, explica doutor Irimar. Alguns remédios também podem causar efeitos colaterais se tomados de maneira inadequada. “O principal efeito colateral pelo uso abusivo desses medicamentos é o comprometimento do sistema respiratório”, alerta o especialista. Ele diz que, com a má utilização, a pessoa começa a ficar tolerante aos remédios e partem, então, para o aumento gradativo da dose. “Isso pode levar a uma parada cardíaca”, alerta. O doutor ressalta, ainda, que o álcool combinado a esses medicamentos pode potencializar os efeitos colaterais. Para o doutor Irimar, o primeiro passo para o tratamento da dor é identificar qual o tipo de doença que o paciente apresenta. “É necessária uma avaliação do problema de saúde e da intensidade da dor, para depois estipular o tipo de tratamento adequado”. Há casos em que as dores surgem sem uma causa aparente e, muitas vezes, o alívio para aquela dor não está nos medicamentos nem em cirurgias, mas sim em tratamentos psicológicos. Irimar Posso explica o procedimento de sua equipe, em casos como esse: “A equipe do HC é multidisciplinar e conta, inclusive, com psicólogos, que avaliam o histórico da vida do paciente para saber se ele tem propensão à depressão. Isso pode ser um dos fatores principais para a causa da dor”. Outros tipos de dores, como pequenas torções e traumas, também podem ser tratados sem o uso de analgésicos, por exemplo, com os tratamentos fisioterapêuticos. “Para problemas articulares e em alguns casos pós-cirúrgicos, recomendamos a prática de exercícios físicos, para evitar infecções”, orienta o doutor. Evidentemente que os analgésicos também são importantes no combate a dor. Segundo Irimar, a morfina é eficaz no controle da dor mais aguda ou crônica. “No caso do câncer, que evolui com o tempo, as doses precisam ser aumentadas e oferecidas em períodos cada vez mais curtos. Por isso, é fundamental que haja o acompanhamento constante junto ao paciente”, finaliza. Mais informações: www.hcnet.usp.br |
Uso exagerado de analgésicos
6 de julho de 2009
3 comentários
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3 comentários:
É preciso ter cuidado mesmo, hj qualquer dorzinha, nos oferecem analgésico!!
Aprendi com Marido, a evitar o uso dessas drogas, só mesmo em último caso e indo ao médico!
Vc vÊ MJ, sua morte pode ter sido causada por causa de uso excessivo de medicamentos!
beijos e boa semana!
Parabéns pelo post!
Existem dois problemas que tem que ser duramente combatidos no Brasil, primeiro é a auto-medicação, e segundo, é a falta de escrúpulo do balconistas de farmácias, que por ganharem comissão sobre vendas, empurram remédios para solução de qualquer mal.
Consulte sempre um médico ou farmacêutico, que são os profissionais habilitados para lhe prestarem as informações sobre medicamentos.
Para "Anônimo"
A proposta do blog é "divulgar informações", eventos notícias, idéias e compartilhar conhecimentos.Considere, que nem todos tem as mesmas facilidades que você propõe.
Obrigada pela tua opinião
abraços
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