1.o Colocado "LONGEVIDADE HISTÓRIAS DE VIDA BRADESCO SEGUROS" 2012

Quantos anos você tem? Não se preocupe, a idade é relativa, diz especialista

13 de novembro de 2009 3 comentários
LONGEVIDADE
Nas últimas décadas a Medicina apresentou um desenvolvimento tecnológico extraordinário. Surgiram múltiplas técnicas e um sem número de instrumentos que serviram para confrontar as enfermidades crônicas. Consequentemente, a longevidade do ser humano aumentou e transformou em muito os patamares anteriores de esperança de vida.

Com isso, o volume da população idosa, considerando o conjunto total de pessoas, aumentou e adquiriu uma importância significativa. Isto exigiu que destinássemos a eles uma preocupação e interesses até então inexistentes. Estamos querendo dizer que enquanto se restringia a uma menor longevidade, a população idosa era efetivamente menos densa e colocava problemas maiores para a sociedade.

Paralelamente a um aumento da população madura, ocorreu uma diminuição da população mais jovem, fruto de reformulações que estão ocorrendo no conceito de família. Com o aumento desta população, começou a existir no Brasil, de maneira lenta, um processo que indica uma reviravolta importante nas relações de nossa cultura com a velhice.

O que significa ser velho ou ser jovem? Esta não é uma questão tão simples de ser definida, não obstante sua aparente obviedade. Tampouco pode ser definida pela faixa etária. Percebemos que ser jovem ou velho é um estado que se modifica substancialmente ao longo da existência de um indíviduo e que está ancorada nas fantasias destes sobre sua inserção no mundo.

Sabemos assim que juventude e velhice não são concepções absolutas, universais e atemporais, mas interpretações sobre o desenrolar da existência e interpretações se modificam de tempos em tempos. Além disso, implicam em valores que circulam num determinado espaço social, fundando subjetividades e acarretando posturas éticas e políticas.

Para darmos um exemplo do que estamos falando, vale lembrar que sobre a velhice investiu-se valores negativos, considerando-se apenas como critério seu potencial funcional de produção e reprodução de riquezas. Assim também, ser jovem ou velho, segundo os critérios do século XX não é o mesmo do atual século.

Podemos dizer que os avanços tecnológicos da medicina deram nova feição aos corpos, à vida sexual ou ao trabalho do indivíduo idoso. Portanto, não existe um lugar fixo para a juventude ou para a velhice. Estes são interpretações psicológicas dos indivíduos sobre a sua existência, moldadas pela cultura de sua época.

Autor: Humberto Mauro de Lessa Vasconcelos é médico psiquiatra e psicanalista.

Fonte: Maisde50

3 comentários:

chica disse...

Realmente não podemos nos preocupar com a idade em anos e sim na qualidade que damos a eles... Gostei de conhecer teu blog, vim pelo Movimento Natureza.beijos, chica

Sonia H. disse...

Olá, Silvia,
Gostei de conhecer o teu blog. Estive no blog Movimento Natureza e vi o post sobre a árvore. Fiquei com dó daquela árvore tão linda.
Voltarei mais vezes.
Abraços,

Sonia H. disse...

Esqueci de comentar o post!Eu tenho muito respeito e carinho pelos idosos. Na verdade, o que sinto por uma pessoa idosa é reverência, uma espécie de 'tirar o chapéu'. Os anos de experiência estão bem costuradinhos em pura sabedoria. Fico indignada com a falta de respeito da sociedade como um todo com relação ao idoso.
Beijos,