1.o Colocado "LONGEVIDADE HISTÓRIAS DE VIDA BRADESCO SEGUROS" 2012

Sobre o excelente post da Cristiane Fetter (anterior a esse)

3 de março de 2010 21 comentários
Post da Cristiane

O que tenho observado, é que algumas pessoas temem com tanta ênfase o envelhecimento, que se afastam das pessoas idosas, já que acompanhar ao processo de outro, ficaria mais difícil "negar" que não existe.

Já tive a oportunidade de conversar com uma leitora do nosso blog de receitas, onde lá ela comenta com uma certa constância, e por ser uma pessoa que eu sei ter quase 60 anos, me causava estranheza,nunca comentar no Longevidade, falamos no MSN,e eu perguntei a razão, ela então me disse:

- Não gosto de assuntos sobre velhice, prefiro ver blogs de jardinagem, de poesia e culinária.
Eu bem chatinha insisti - Mas, você lê sobre o assunto em relação as suas necessidades futuras e mudanças físicas e emocionais?
Ela foi categórica:
- Não, são dois assuntos que me nego, velhice e morte.
Diante dessa resposta, perguntei como estava o tempo no seu bairro.

Entendo, que não é necessário que todos nós tenhamos um blog sobre geriatria, gerontologia e afins, porém a condição da velhice é clara quando olhamos para os nossos pais e mais evidente fica, que virá para nós, aliás torço para que venha, porque viver é uma delícia, e viver bem, é muito melhor.

Meus pais, são absolutamente independente dos filhos, mas quando começamos a perceber os sinais do envelhecimento de ambos, passamos a acompanhá-los.
São telefonemas diários, apoio e se percebemos um tom melancólico em um deles, corremos pra lá, conversamos após as consultas com os profissionais de saúde que os atendem, na casa deles, com jeitinho, tiramos tapetes, sugerimos mudança da disposição dos móveis, somos nós os filhos que fazemos as ligações aos "famosos" serviços 0800 e por aí vai, são medidas pequenas, que para nós não é nada, mas que para eles faz uma enorme diferença.

Já entendi que não é a melhor idade, mas depende de nós fazermos com que não seja a pior, já que estamos maduros, experientes e hoje bem mais informados.

Para a nossa confortável velhice, do ponto de vista físico, sabemos que se não nos alimentarmos corretamente e não nos exercitarmos, nos tornaremos obesos, hipertensos, indispostos e adoeceremos. Se não exercitarmos a mente, teremos uma falha de memória precoce. Se não tivermos vida social ativa, nos tornaremos idosos sós, e rabugentos.

Observando essas questões, creio que estamos plantando boas sementes para a nossa Longevidade, com saúde, bem estar e principalmente bem humorados.

Quero poder dizer aos 80 como diz meu pai hoje, aos 80:
- Eu não sou velho, sou apenas idoso, e não apenas diz, vive o que diz.

E agora, pra relaxar conta pra gente, se você estivesse na Estação Central de Trens da Antuérpia, no momento que aconteceu esse vídeo, qual seria a sua reação?
abraços,



Sinta-se em casa e deixe seu comentário.

21 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

P.S.: eu filmaria rs... [se estivesse na dita estação...]

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Não sei lidar com a morte, confesso... parece-me uma idéia estranha a de 'deixar de existir' [se é que isso que a morte significa]... vejamos: todos vivemos como se fôssemos imortais... a variável morte nunca sequer é considerada... "daqui há tantos anos vou casar" "em 02 meses pretendo viajar pra lugar tal" "amanhã a gente conversa"... ou seja, nem sequer consideramos que amanhã, daqui a dois meses ou em tantos anos não poderemos estar vivos... a velhice traz consigo a inevitável aproximação disso: imagino as reflexões acerca da morte tornem-se então mais rotineiras, constantes... a questão toda acerca do tabu da morte e da velhice reside no nosso modo de viver ocidental - privilegia-se a boa-forma [nem tanto a saúde em si, frise-se], privilegia-se a beleza, privilegia-se a juventude... só o jovem, o esbelto, o belo é que sobem ao palco da vida ocidental [são modelos inarredáveis a serem seguidos]... os demais [a grande maioria] sentem-se compelidos a trilharem um caminho tolo de imitação... o medo da velhice vai no exato sentido desse apelo pela juventude / boa-forma / beleza... significa não apenas a perda de tudo isso, como a aproximação da perda da própria vida [que impossibilita cabalmente se possa ter isso]... o Brasil [ainda] é um país jovem... não sabemos lidar com os idosos, não nos imaginamos idosos, uma vez que a expectativa de vida até bem pouco tempo não permitia uma convivência maior com os idosos... que fazer na velhice? Nosso país transita para aquilo que já é realidade em países mais desenvolvidos: vive-se mais e vive-se melhor... metas/objetivos de vida são lançados cada vez para mais adiante... trabalho / viagens / relações afetivas tudo se prolonga... é a nossa pálida imitação do sonho da vida eterna [prolongarmos quanto possa] - ok, mas se é pra viver, que se vida bem, uma velhice com saúde, bem-vivida é o que se deve esperar, sonhar, doravante...

Silvia Masc disse...

Obrigada Francisco, muito rico o seu sereno e profundo comentário.

Silvia Masc disse...

P.S. eu entraria na dança :-) participar de um Flash mob é o meu sonho, acredite. Se alguém souber de algum que vá acontecer em São Paulo, por favor me avise.

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Poxa!!! Ótimo texto!
Bjs!!!!!!!

chica disse...

O tema velhice e morte é inevitável em nossos dias..è a única certeza.Aliás,nem sabeemos se chegare,mos à velhice, mas que a morte chega, é verdade sempre! Encará-las da melhor maneira é o que temos a fazer,ou tentar! beijos,chica( quanto ao vídeo, bem logal, mas eu apenas ficaria olhando de longe,rssr)

Leci Irene disse...

Não é fácil encarar este tema. Gostei do Post da Cristane. Gostei tmbém d que o Franciso escreveu. Ver, sentir que meus pais precisam de mim é muito doloroso. Eles foram o meu porto seguro. Meu pono de partida e retorno nas horas de´aperto. Vê-los assim, não querendo ajuda, mas precisando dela, dói. E faz com que as minhas "neuras" fiquem sem onde aportar... Quer dizer: deixam eles de serem meu porto e, torno-me eu o porto deles.. Pode???

Dora Regina disse...

Silvia, obrigada por me visitar e ser minha seguidora, estou te seguindo também e já gostei de tudo que encontrei por aqui.
Não tenho da velhice nem da morte, são coisas inevitáveis na nossa vida, peço a Deus que me proteja do sofrimento, mas que seja feita a vontade Dele e não a minha. Adoro temas que falam da velhice, pois já estou a caminho dessa fase e gostaria de passar por ela com qualidade de vida, dou uma ajuda para uma amiga que é líder de um grupo da melhor idade, quando os levamos para passear, acho o máximo.
Então, esse espaço para mim será de muita valia, estou adorando!
Abraços e seja bem vinda ao meu Filha do Céu.

Silvia Masc disse...

Leci, sinto que é assim mesmo, há momentos nas nossas vidas, que deixamos de sermos filhos dos nossos pais e nos tornamos um pouco pais, não veja isso com tristeza, exercite a possibilidade de tornar-se o porto deles, faça essa inversão de papéis valer a pena.
obrigada pela visita.

Silvia Masc disse...

Dora, que bom que tenha gostado daqui, será sempre bem vinda.
Bacana esse trabalho que você faz com a sua amiga, conte mais pra gente sobre isso.

Abraços e obrigada pela sua visita.

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Silvia,
Que delícia de vídeo. Acho que, se estivesse lá, eu também dançaria, ou pelo menos participaria de alguma forma, cantando, batendo palmas, acompanhando o ritmo.
Velhice e morte. Não dá para associar uma à outra, pois muitas vezes a morte chega primeiro.
Assim, acho que deveríamos treinar o pensamento na morte, mas é difícil. A maioria das pessoas não quer pensar nisso, pois em plena vida é difícil pensar que tudo pode se acabar. Mas é importante pois, pensando-se na morte, com certeza poderemos melhorar a qualidade da vida e sobretudo dos relacionamentos.
Velhice. É bom que chegue, pois isso significa que se está vivendo bastante. E daí é importante que se pense bastante pois, para uma velhice boa, é necessário que se tenha atravessado a vida de uma forma boa. E, como não se sabe exatamente quando a velhice começa, o jeito é que se procure viver sempre da melhor forma possível, dando importância a aquilo que realmente tem importância, tendo uma boa alimentação, caminhando, vendo sempre o lado bom das coisas, alegrando-se .....
Beijos.

Linda disse...

Sílvia

Estou com 65 anos.
Tenho o teu blog,como meu manual, sempre a mão, para aprender a conviver com a velhice.
Obrigada,muito obrigada, por você existir.
Linda Marinha
Foz do Iguaçu- Paraná

Silvia Masc disse...

Heloisa, então faríamos uma boa dupla no em um flash mob, acho contagiante :-)

Interessante a sua colocação sobre a dissociação de velhice e morte, algo a ser bem pensado, a idéia do idoso sendo como alguém experiente que possa nos ensinar ainda não é muito cultada entre nós, já que era muito raro sabermos de alguém como por exemplo, José Mindlin vivendo até os 105 anos, lúcido e produtivo, mesmo com as limitações de visão que ele passou a ter.

Obrigada pelo seu comentário

Silvia Masc disse...

Linda, ficamos emocionadas com as suas palavras, e acredite a responsabilidade que já é exercida por nós será sempre mantida, enquanto o blog existir.

abraços e sempre teremos prazer em ler os seus comentários.


Silvia e Cristiane.

welze disse...

entendo que esse assunto é um assunto que precise ser debatido e muito. É uma certeza a qual não temos como escapar. Só se morremos antes de envelhecer. Precisamos estar preparados, mas realmente preparados para nossa velhice e a dos que nos cercam. É um dádiva que nos concede Deus, e temos que encará-la com otimismo, alegria, mas com pés no chão , sabendo que srá difícil, mas nada impossível passar por ela, sem maiores danos.

Andrea galletti disse...

Falar desse tema, arrepia...
A idade, a possibilidade de finitude, mexe com nossos medos, nossa sombra, nossa dificuldade...

vc realmente sabe me emocionar!

bj

Silvia Masc disse...

Welse, é muito animador ver a sua postura, realista e otimista.
abraços e obrigada por comentar.

Silvia Masc disse...

Andrea,
Entendo que tudo que nos é desconhecido assusta, mas com informação e a aplicação do que aprendemos aos poucos as situações ficarão claras e deixarão de assustar.
Obrigada pela visita e comentário, você será sempre bem vinda.

abraços

Anônimo disse...

Olá Silvia, passei aqui rapidinho só pra avisar que tem dois selinhos pra você lá no meu blog! bjssss

Sônia disse...

Via E-mail:Texto ótimo. Gostando ou não, a morte faz parte da vida. E é bem melhor que estejamos preparados fisica e emocionalmente para a vida (ou para a morte...).
Não adianta ignorar o assunto. É melhor ter informação e ficar esperto!!!
O vídeo foi envolvente. Adorei! Se eu estivesse lá... adivinha? Eu dançaria junto, é claro! Só de assistir o vídeo já me deu vontade de dançar.
Ótima postagem, minha linda!
Bjkas!

Beth/Lilás disse...

Delícia de post, amiga Silvia!
Pois eu entraria de cabeça neste evento, adoraria estar lá!
Bem, conheço gente que sempre rejeitou estar junto de pessoas idosas, não conversava com velhos, mesmo já sendo uma quase anciã. Hoje, sofre de depressão e quer ser entendida, toma remédios para dormir e teme a morte. Triste isso, não!
bjs cariocas