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ONG prega velhice com autonomia

22 de agosto de 2010 2 comentários
O entra e sai de idosos apressados no casarão da zona oeste de São Paulo já mostra que ali o público é autônomo. O Movimento Pró-Idosos ( Mopi) é uma das mais antigas organizações não governamentais do País que militam pela autonomia na velhice, trabalho que começou nos anos 70, muito antes de o mundo perceber o boom do envelhecimento, com o auxílio de especialistas da PUC. Hoje mantém o vínculo com gerontologistas da universidade e é respaldado pelo Rotary Club.

"Aqui não tem idoso coitadinho", disse Carmem Menezes de Oliveira, 79 anos, que acabara de terminar o ensaio de coral. Após uma torção na perna e uma intervenção cardiológica, Carmem, professora aposentada e jornalista, recuperou-se e caminha ereta pelas íngremes ruas do bairro paulistano de Perdizes. "Faço as coisas a pé, vou à feira, supermercado. Subo e desço ladeira, sim."

Mariana Piro, 73 anos, também vítima de uma queda, aguardava uma amiga para rumar para o extremo da zona oeste, de ônibus. Caminha também ereta, mas com o auxílio da bengala. Nos fins de semana, faz um trajeto ainda maior de ônibus até Alphaville, na Grande São Paulo, onde trabalha como acompanhante de uma amiga de muitos anos e que tem hoje 85 anos. "Ela ficava sozinha. Eu também. Aí pensei que seria bom e também uma forma de ganhar um dinheirinho. O fim de semana passa voando", relata Mariana, lembrando em seguida do estado preocupante da irmã, de 75, que mal consegue se mover dentro de casa, prejuízo da diabetes. 

Cabe a Aida Yagüe Moreno, de 76 anos, professora de alongamento, ajudar a garantir que perdure o entra e sai corrido no Mopi. "Eu digo a eles para não esquecer de movimentar os braços, o que ajuda a evitar quedas", diz Aida, para em seguida disparar para a rua, cabeça grudada no peito, pés arrastando, braços colados ao corpo, demonstrando como não deve ser a marcha do idoso. Em seguida, ergueu o pescoço, balançou os braços, saiu a andar elegantemente para demonstrar como deve ser. 
 
Fabiane Leite - O Estado de S.Paulo

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2 comentários:

Nilce disse...

Oi, Sílvia

Isso deveria ser regra para todos, começando desde bem cedo.
Excelente essa reportagem e seu post.

Bjs no coração!

Nilce

Clau disse...

Uma matéria bem interessante,bjus no seu coração lindo!