É possível envelhecer bem e de maneira saudável
14 de setembro de 2010
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Modelo mecânico de avaliação do paciente não permite diagnóstico eficiente. A receita é o sistema quântico, segundo médicos da Unifesp
É preciso estabelecer novo paradigma quando o assunto é saúde e envelhecimento bem-sucedido. Ao invés de se lidar com a doença crônica, a prescrição é o controle crônico.
A receita foi dada nesta terça-feira (24) pelo médico Luis Roberto Ramos, chefe do Departamento de Medicina Preventiva, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A qualidade de vida não é etérea, hoje ela é quantificável”, brincou.
Para Ramos, a enfermidade é só a ponta do iceberg. O problema a ser sanado é a manutenção da capacidade funcional e como o indivíduo enfrenta a moléstia. Aliás, ele alerta que "o céu é o limite, e praticamente todo mundo precisa gerenciar uma ou outra doença crônica na vida".
Ramos deu, inclusive, uma dica preciosa: computador não é só para os jovens. É uma ótima ferramenta para o treinamento cognitivo e, além do mais, promove a inclusão digital, na opinião dele.
Outra constatação é que os que sofrem perdas de memória morrem duas vezes mais do que os sãos e os indivíduos com problemas de funcionalidade morrem três vezes mais do que aqueles que conseguiram preservar sua autonomia. Diante dessa radiografia, o melhor é manter-se mais do que ativo.
Estilo de vida
Fernando Bignardi, coordenador do Centro de Estudos do Envelhecimento e do Núcleo de Transdisciplinaridade aplicada à Saúde Corporativa da Unifesp, complementou esse exame acrescentando que a maneira como se vê a vida – um copo vazio ou cheio – tem impactos no bem-estar do indivíduo.
O médico citou estudo publicado pela renomada revista Nature, em 2001, constatando que o diabetes tipo II é motivado mais pelo estilo de vida (53%) do que pela genética (17%). Já o estudo Aging Well (2002) detectou outro termômetro: o papel do perdão na longevidade. "A doença é também um fenômeno ecológico", diagnosticou.
A profilaxia foi a mudança de hábitos alimentares, a higiene do sono, o uso da homeopatia e técnicas de relaxamento que, após oito meses, resultaram em boa resposta sistêmica. "O modelo médico mecânico convencional não atende à complexidade do ser humano", disse ao defender a avaliação quântica do ser humano como um todo.
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