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Morar na casa de repouso ou com a família?

19 de maio de 2011 7 comentários

Como constatar se um idoso não está apto a morar sozinho?
Quando está com sua capacidade funcional comprometida, ou seja, quando apresenta dificuldade para executar as atividades da vida diária. Isso pode ser devido a inúmeros fatores, entre os quais se encontram o déficit cognitivo, fraturas geralmente ocasionadas por quedas e quadro de fragilidade.
Qual é o momento de decidir o que fazer com o idoso?
Somente quando ele já perdeu sua autonomia e já não consegue decidir por si próprio.
No caso do idoso querer ficar em sua própria casa: em que casos se deve contratar uma enfermeira/dama de companhia para ficar com o idoso?
Isso só deve ser feito se o idoso estiver em situação de dependência total ou de semi dependência. Contudo, se ainda estiver com a capacidade cognitiva preservada, é muito importante explicar-lhe a necessidade disso e fazê-lo com a sua anuência.
No caso do idoso não ter condições de morar sozinho, é melhor levá-lo para uma casa de repouso ou fazê-lo morar com os familiares?
Isso é uma questão complexa, que necessita de várias considerações. Em primeiro lugar, levando-se em conta a necessidade de se respeitar o idoso como pessoa. Se o idoso estiver dependente, mas ainda estiver com sua capacidade cognitiva preservada, seria melhor deixar que ele decida se quer ou não quer ir para o asilo. Em segundo lugar, deve-se levar em conta fatores de ordem socioeconômica, de infra estrutura e de relacionamento. Por exemplo, será que há algum membro da família disponível para cuidar do idoso? Em caso negativo, a família teria condição de pagar alguém para cuidar do idoso pelo menos em tempo parcial? Além desses fatores, há a questão ligada a relacionamento. Será que a família tem um bom relacionamento com o idoso? Em caso negativo, isso pode ser devido a muitos fatores, inclusive ligados ao próprio comportamento pregresso do agora idoso em relação a seus familiares. 
Assim, pergunta-se: A família deseja ficar com o idoso? Ou: O idoso deseja ficar com sua família? 
No caso de estar em uma casa de repouso, qual a importância da visita dos familiares?
É muito importante, obviamente desde que o idoso tenha um bom relacionamento com seus familiares. Mas é importante que as visitas sejam regulares; se forem esporádicas o efeito será negativo no sentido de produzir bem-estar.
É importante ter uma pessoa dedicada completamente ao idoso, no caso dele começar a morar com os familiares?
Isso dependerá do grau de dependência do idoso. Se for completamente dependente, sim. Contudo, se for apenas parcialmente dependente, não há necessidade de ter uma pessoa completa e integralmente dedicada ao idoso.
Ter crianças em casa pode prejudicar o idoso de alguma forma?
Isso é muito relativo. Depende da quantidade de crianças, da idade das crianças, do período de tempo que as crianças ficam em contato com o idoso e, claro, do relacionamento estabelecido entre o idoso e as crianças.
Quais são os benefícios e malefícios do idoso morar na casa de familiares?
Independente da condição socioeconômica da família, se o relacionamento com os familiares for bom, os maiores benefícios são a atenção e o carinho, o suporte social que o idoso terá a usufruir. Entretanto, poderá sentir-se sem liberdade e sem autonomia, afinal, não está em sua própria casa, onde pode mandar e desmandar.
Quais são os benefícios e malefícios do idoso morar em sua própria casa?
O benefício maior é estar em seu próprio lugar, no meio de suas coisas, e poder exercer liberdade e autonomia. Os perigos irão depender da idade do idoso e de seu estado geral de saúde e funcionalidade. Os principais perigos são as possibilidades de danos físicos, como, por exemplo, aqueles provocados por quedas.
Quais são os benefícios e malefícios do idoso morar em casa de repouso?
Tudo é muito relativo. Levando-se em consideração que o idoso tem a capacidade funcional preservada, se antes de ir para a casa de repouso vivia em situação de penúria socioeconômica e de abandono por parte de amigos e familiares, mesmo uma casa de repouso simples e sem grandes recursos, desde que decente, já será muito melhor do que a vida que levava antes. Mas para um idoso em situação diferente, que vivia bem em sua casa, convivendo bem com seus familiares, e de repente fica em situação de dependência e é levado para a casa de repouso, mesmo a casa de repouso mais luxuosa pode parecer bem pior do que a vida que levava antes.

Particularmente vejo que algumas pessoas não possuem "dom" (= paciência), para cuidar de pessoas idosas, não creio que deva haver culpa por isso, porém entendo que o familiar não deva jamais ser abandonado em casa ou em uma instituição, para quem não tem o "dom" há outras maneira de colaborar, visitas, carinho, colaboração financeira, telefonemas, enfim, mostrar interesse e ter atitudes que comprovem isso.  

Sinta-se em casa e deixe seu comentário.

7 comentários:

Beth/Lilás disse...

É um caso bastante delicado quando se chega a hora de decidir. Mas, como bem diz no texto, se a pessoa, o idoso em questão, tiver com seu juízo perfeito e querer ir para uma casa de repouso, acho perfeitamente aceitável, embora não sei o que faria se minha mãe assim o quisesse.
Tenho uma dia com 100 anos que mora numa casa de repouso excelente, coligada com o Hospital da Beneficência Portuguesa aqui de Niterói e já vive lá há muitos anos, ao que parece gosta muito e se adaptou muito bem a este estilo de vida, já que o filho único morreu faz tempo e o marido também.
Excelente post, amiga!
bjs cariocas

Cynthia Brito disse...

É mesmo, tudo é muito relativo. Depende muito do idoso, aliás. Mas, de forma geral, acredita-se que o aconselhável seja manter a pessoa idosa próxima à sua família, seja ela original ou simples pessoas que cuidam dele desde a infância ou adolescência. Morar numa casa de apoio fica mais aceitável para aqueles que não tem família, como foi citado na entrevista, ou que a família não tem condições de arcar com as despesas do idoso, ou seja, não tem como cuidar do idoso.

Boa postagem!
- Equipe IINTI

CENTRO DE VIVÊNCIA SOLAR FLOR DELIS disse...

Realmente é muito delicado tomar este tipo de decisão.Por isso que para que se dê uma melhor qualidade de vida para o idoso; é um centro de convivência.O idoso recebe todos os cuidados necessários durante todo o dia e no final da tarde volta para o encontro de seus familiares,mantendo assim um belo convivio.Para quem não conhece esse serviço,estamos localizados em São Paulo.É só acessar o site para conhecer melhor o nosso trabalho.www.solarflordelis.com.br
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PARABÉNS PELA MATÉRIA!!!

Anônimo disse...

Eu acho que só quem passa sabe realmente, até então achamos que só acontece na casa do vizinho. Na mão tem 5 dedos, apenas um e dois passam a ter utilidade....os outros dedos se comportam como senão fizessem parte dessa mão. Cada filho tem suas desculpas, seja de não quererem misturar seus filhos com uma doença considerada um terror até que vc se sente na posição de conviver com um idoso soro positivo. As vezes se pensa somos todos aidéticos psicologicamente pois quem cuida muitas vezes se sente assim. É uma mistura de sentimentos entre raiva e amor, pois o idoso viveu já alguns anos de sua vida da forma que escolheu e quem cuida não fez essa escolha. Ele é levado a cuidar por laços familiares, por amor, por não ter outra opção....na maioria das famílias sempre fica pra um ou dois cuidarem, os outros se mantem há distância muitas vezes só telefonam e quando visitam não chegam muito perto e não demoram muito. As vezes me pergunto: a barriga serve pra dar a luz vários filhos, no entanto nem todos são filhos de fato, só na hora de dividir bens...

Anônimo disse...

O idoso não quer ser dependente, ele não consegue se enxergar e nem a situação, a primeira atitude é negar a doença. Alguns se tornam rebeldes e atacam a pessoa que cuida como se todos fossem culpados de sua situação. Só sei que é muito triste no principio ao calor da noticia...os nervos de todos ficam estressados, medo, emoções fortes, lágrimas...e a pergunta POR QUE? Revolta, depressão...mas com o tempo a gente encara como uma doença crônica qualquer..pois a vida continua.

Silvia Masc disse...

Alguém sabiamente disse, os pais cuidam de de 1 filho, mas 100 filhos, podem não cuidar desses pais.

Anônimo disse...

Minha mãe tem 70 anos. Ela está com mania de perseguição. Ela tem dois apartamentos e já mudou pra e cá. Os vizinhos estão com muito medo pois ela fica batendo na porta deles e dizendo que a polícia está lá. Iremos leva-lao psiquiatra e iremos fazer vários exmaes para ter um diagnóstico certo. Minha irã trabalha muito e eu também e ainda moro em São Paulo. Minha irmã queria alugar um apartamento perto dela, mas a minha mãe não está tendo paciência. Dei a idèia de colocarmos numa casa de repouso bacana em Niterói provisoriamente, daí alugar os apartamentos ou vender e alugar ou comprar um perto da minha irmã e colocarmos uma pessoa para cuidar dela. Estamos sem saber o que fazer. A príncipio acho que é a melhor idéia. Esse dizer que os pais cuidam de 1 filho mas 100 filhos não cuidam de uma mãe não concordo. Parece que os filhos não ligam para seu idoso. Hj estou sentindo na pele que é muito difícil cuidar de um idoso ainda mais quando eles tem problemas psquiatricos. Parabéns pelo blog.