Casa, separa - Por Maria Fernanda Schardong
9 de abril de 2012
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Atualmente, o ideal do “felizes para sempre” foi substituído
por relações menos duradouras. São as mulheres, na maioria dos casos, que
decidem se separar. Os custos emocionais, no entanto, sobram para ambos os
lados. “Cada um sofre a sua maneira. Homens e mulheres mais dependentes
afetivamente são os que ficam mais atordoados quando se vêem sós, sem alguém a
quem dedicar a própria vida. E isto pode até acarretar, inclusive,
doenças", alerta. Não é possível medir o peso do sofrimento. Mas a maneira
como cada um vai enfrentar as perdas que a separação acarreta vai determinar o
tamanho e o tempo da crise, diz a psicóloga Márcia Ferreira, especialista em
terapia de casal e família pela PUC de São Paulo.
Apesar de ser uma experiência, em geral, negativa, a
separação também tem seu lado positivo. Possibilita conhecer e vivenciar novas
situações, proporciona o crescimento pessoal e o resgate da auto-estima, quebra
conceitos pré-estabelecidos e, principalmente, permite ao indivíduo a
descoberta da força interna que cada um trás dentro de si, ponderam as
especialistas.
Entender o fim é essencial. "Quando as pessoas lidam
com o divórcio de maneira enriquecedora, após a separação podem enfrentar
melhor as mudanças no seu ciclo de vida. Mas, para isso, é preciso uma boa
elaboração de sua história passada. Ou essas mudanças podem ser desastrosas"
afirma Márcia Ferreira.Seguem alguns conselhos, com base na opinião de Teresa
Negreiros e Márcia Ferreira para quem deseja enfrentar melhor a vida e estar
mais bem preparado para os dias que virão.
- Entender o divórcio: Pensar com cautela na condição de separado
e os motivos que determinaram esta condição;
- Distanciar-se do conflito conjugal, minimizando as brigas
e voltar aos seus afazeres cotidianos;
- Lidar com a perda afetiva e abrir espaço para novos
relacionamentos sociais, festas e encontros entre amigos;
- Livrar-se da culpa, é comum sentir raiva do cônjuge que
pediu a separação ou sentir-se culpado por não ter tentando mais uma vez;
- Aceitar o divórcio como permanente e sem retorno;
- Arriscar-se a amar, alcançar uma esperança realista em
relação aos seus próprios relacionamentos no futuro;
- Resíduos de tristeza, raiva e ansiedade em relação à
intimidade e a relacionamentos que podem acabar sendo permanentes amedrontam,
livrar-se deles é uma boa alternativa;
- É preciso investir, mas também saber a hora de prosseguir,
lutar ou desistir.- Entender o amor como uma coisa positiva;- Saber que união
não é uma prisão, e que nem sempre é a morte de um cônjuge que separa o casal.
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