Descubra como perder peso mantendo seu metabolismo a jato, mesmo depois dos 50.
5 de julho de 2012
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Aos 20 anos, está tudo bem. Os quilinhos adquiridos pelos panetones, pernis e rabanadas, típicos de final de ano, simplesmente desapareciam na primeira semana de janeiro. Agora, depois dos 50, eles estão cada vez mais decididos a durarem alguns meses. Isso acontece porque, conforme envelhecemos, nosso metabolismo desacelera, dificultando a perda de peso.
É comum que na maturidade fique mais difícil perder peso.
Segundo o endocrinologista, doutor em Endocrinologia e ex-presidente da
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Amélio Godoy Matos,
"quando envelhecemos, tendemos a perder massa magra (músculos) pela pouca
prática de atividade física e queda de alguns hormônios, especialmente os
esteroides sexuais e de crescimento. Nas mulheres, a queda dos esteroides
sexuais é abrupta após a menopausa e, nos homens, é mais gradativa. Por isso,
elas sentem mais dificuldade de emagrecer".
Para que ninguém confunda, Amélio deixa claro que o objetivo
de manter o metabolismo acelerado não é queimar gorduras. Para ele, "essa
expressão 'queimar gordura' é inadequada porque queimar é oxidar gorduras. É
melhor falar em gasto metabólico, que é a termogênese, dissipação da energia
via calor. Se seu metabolismo de repouso é aumentado, você ganha menos peso do
que pessoas que têm metabolismo baixo, ou seja, dissipa mais energia. Se
pratico mais atividade física, aumento minha massa magra e aumento meu gasto
energético em repouso. O grande responsável pela maioria dos casos de ganho de
peso é
o baixo gasto metabólico em repouso".
Existem diversas linhas de pensamento e algumas afirmam que
fazer várias pequenas refeições ao longo do dia é uma boa maneira de contribuir
para acelerar o metabolismo. Amélio argumenta dizendo que "há um erro de
interpretação nessa história. Apenas 5% daquilo que eu consumo em termos de
calorias é gasto com o metabolismo. Ou seja, se eu fizer uma refeição de 500
calorias, apenas 25 serão gastas com isso. Quando como, especialmente alimentos
termogênicos (que aumentam a temperatura corporal) –carboidratos e gordura,
principalmente – aumento a quantidade de insulina no sangue e isso é um tiro no
pé porque a insulina é lipogênica, aumenta a formação de gordura".
Não é incomum ouvirmos dizer que quanto mais acima do peso a
pessoa estiver, mais facilidade tem para perder gordura. E Amélio explica o
porquê. "Se eu emagreço, dissipo menos energia. Ou seja, se eu passo a
consumir menos do que eu geralmente consumo, emagreço, mas o organismo tende a
se defender desacelerando o metabolismo. É um mecanismo de adaptação, na
realidade. Mas eu acho que é melhor gastar menos, magro do que gastar muito,
gordo", conclui.
Não tem mistério. A prática de atividade física é a melhor
maneira que existe de manter seu metabolismo funcionando a todo vapor.
"70% do gasto metabólico é relacionado à massa magra. Conforme
envelhecemos e continuamos sedentários, grande parte dessa massa magra
transforma-se em gordura e o metabolismo tende a desacelerar. Se me mantenho
ativo, não perco tanta massa magra. É possível ver até a olho nu, nas pessoas
na rua. Se mantenho o gasto energético lá em cima, perco pouca massa magra. Se
tem muita massa magra, o gasto energético é maior. É um ciclo vicioso",
explica Amélio.
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