Deu uma fisgada?
3 de julho de 2012
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Problema comum em idosos, claudicação intermitente
compromete circulação nas pernas
Fazer exercício é lei para manter a boa forma e a saúde em
dia. Mas e quando, no meio da atividade física, surge aquela fisgada na perna?
Pouco conhecida, a chamada claudicação intermitente caracteriza-se por uma dor
na batata da perna que aparece durante a caminhada e some quando a pessoa para.
Público com mais de 50 é o que mais sofre com este tipo de dor.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e
de Cirurgia Vascular (SBACV), 5% dos indivíduos entre 55 e 60 anos sofrem de
claudicação intermitente. Muito comum em quem tem problemas de circulação nas
pernas, em seu estágio mais grave, pode levar à amputação dos membros
inferiores. Muitas vezes confundida com uma simples lesão muscular, a doença
exige atenção.
“Muitas vezes, a pessoa com o sintoma evita procurar um
médico, esperando a dor passar. Ou se aconselha com profissionais que não estão
aptos a fazer um diagnóstico preciso”, explica o secretário geral da SBACV,
Sergio Leal de Meirelles.
Além de prestar atenção a qualquer dor que apareça durante a
atividade física, Sergio aponta outros fatores de risco: hipertensão arterial,
tabagismo, altos níveis de colesterol e triglicérides, diabetes mellitus,
sedentarismo, estresse e histórico familiar.
Manter uma vida saudável também ajuda a evitar o problema.
“Uma caminhada feita com regularidade, sob orientação de um angiologista ou
cirurgião vascular, também pode ajudar a combater a doença”, afirma o
presidente da SBACV, José Luís Camarinha. Também é importante controlar a
obesidade, os níveis de colesterol e triglicerídeos e manter a pressão arterial
estável.
Os tratamentos variam de acordo com a gravidade do problema.
E vão do ambulatorial ao cirúrgico. “Os casos mais leves de claudicação
intermitente são tratados com medicamentos chamados vasodilatadores, que
dilatam os vasos permitindo aumento do fluxo de sangue e oxigênio. Num estágio
mais avançado – no qual a pessoa sente dores mesmo durante o descanso - o
tratamento pode ser endovascular ou cirúrgico”, explica José Luís. O médico
ainda ressalta que o mais importante é evitar o aparecimento da doença.
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