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Alegria e força do voto da terceira idade

27 de setembro de 2010 1 comentário


Aos 81 anos, a eleitora Nádia Freitas fala o que ela quer para o futuro do Brasil.

Conversar com Nádia Freitas Lins é uma experiência daquelas que nos motivam a querer fazer as coisas acontecerem. Aos 81 anos, a médica aposentada é alegre, lúcida, de bem com o mundo e cheia de sonhos. Dona Nádia nasceu no Ceará e veio para o Recife aos 16 anos, onde votou pela primeira vez e, ainda hoje, eleição após eleição, faz questão de exercer o mesmo direito. “Se a gente se abstém, dá margem para que os escândalos fiquem maiores. Se não escolhemos nossos representantes, somos coniventes com quem está lá e usa mal o poder que lhe foi conferido”, justificou.

A médica aposentada faz parte de um grupo que cresce no Brasil, o da terceira idade.
Pesquisas do Ministério da Saúde também constatam que as mulheres vivem em média, 7 anos a mais que os homens, levando ao que especialistas denominam de feminilização do país. Cresce também o percentual de idosas que assim como dona Nádia e, nas palavras dela, continuam “ativas e votando”.

Mesmo aponsentada há alguns anos, dona Nádia continua trabalhando. Ela é presidente do Instituto de Pesquisa e Estudos da Terceira Idade (IPEDI), um grupo que promove diversas atividades para idosos, como palestras educativas, oficinas e grupos de estudos. Por isso, ela fala com propriedade que falta muito para o Brasil dizer que cuida dos seus idosos.
“Quero que os políticos possam ter um olhar diferente para com o idoso, para que quando eles chegarem aqui, na terceira idade, não sintam falta de coisas que hoje sentimos”.
Dona Nádia afirma que assistência médica e acessibilidade são as principais deficiências encontradas por cidadãos acima dos 60 anos.
Como a maioria dos idosos, ela também tem histórias de fraturas. Uma delas, inclusive, durante a eleição passada enquanto ia votar. “Eu caí em um dos desníveis da escola onde votava. Caí de joelhos e quebrei a patela (osso localizado no joelho).” Mesmo assim, ela se manteve firme. “Disseram para eu ficar parada esperando a ambulância e que poderia justificar meu voto depois. Mas eu fui lá votar e votei”.
Esse episódio mostra muito da personalidade dessa senhora. Mulher forte, aprendeu cedo a não esperar por outros para escrever o futuro que queria. Da mãe, guardou o maior conselho: “Só quem pode tomar conta de você, é você”. Tomou decisões importantes. Veio para o Recife ainda jovem estudar Medicina e venceu o preconceito de ser mulher em uma faculdade que nem banheiro feminino tinha. “Diziam que Medicina era coisa de homem, mas naquele tempo falavam tanta coisa que era melhor ignorar”.

Ao terminar a entrevista, dona Nádia se despede com com um sorriso especial e agradece. “Obrigada por me fazer reviver tudo isso. Foi uma vida de muitos sacrifícios, mas foi uma vida muito boa. Os momentos ruins a gente apaga, os bons guarda. Eu guardo a felicidade.”
Sinta-se em casa e deixe seu comentário.


Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press (Diário de Pernambuco)
Júlia Schiaffarino/DP/D.A Press

1 comentários:

Beth/Lilás disse...

Que bonita e ainda engajada social e politicamente a Dra. Nádia. Gostei de ver.
bjs cariocas