Imaginem essa rotina:
Acordar as 05:30 – Sogra acorda agitada, reclamando de dores e da fralda que está cheia de fezes, Marta, gentilmente, porém exausta vai, fazer a higiene e trocar a fralda.
A sogra viúva, foi morar com ela, um processo natural, já que o filho era o mais novo e se casou por último. Ajudou na educação dos filhos do casal, fez companhia ás crianças e cuidou com carinho quando eles adoeciam. Foi quase uma mãe para a Marta, já que ela havia perdido os pais quando criança.
Há 3 anos, hoje com 85 anos, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), o lado direito totalmente paralisado e também com comprometimento da fala.
Marta, cuida da sogra, todos os dias. Já se sente quase uma cuidadora profissional, não fez curso, mas recebe orientação do serviços de saúde do bairro aonde mora.
Troca fraldas
Dá banho na cama
Faz curativos
Dá os medicamentos na hora certa
Observa para que ela degluta bem a comida, sem engasgar
Prepara os alimentos
Cuida para que a alimentação seja bem balanceada e nutritiva
Mantém o quarto e a casa limpos e arejado
Leva ao médico quando necessário
Procura alegrá-la quando a percebe triste
Sim, cuida como se fosse uma filha, mas, NÃO É.
Além do seu esposo, a sogra tem mais três filhas, todas jovens e saudáveis, morando na mesma cidade que a Marta mora.
A mais velha, tem o marido hipertenso e diabético, e alega que não pode cuidar da mãe porque cuida do marido controlando a alimentação e os medicamentos.
A do meio trabalha fora e não tem tempo nem para si.
A mais nova não trabalha, não estuda e não se dispõe a qualquer ajuda para Marta.
Todas elas, quando visitam a mãe, dão palpites e sugestões, deixando claro que acham que Marta não cuida direito da mãe.
Marta está exausta, não tira férias, não pode nem mesmo acordar um pouco mais tarde, o marido como trabalha fora, colabora com ela, apenas nos finais de semana. O casal e a família, não possuem condições financeiras de contratar uma auxiliar para Marta.
As filhas entendem que é obrigação de Marta cuidar, já que a mãe a ajudou enquanto pode. O marido, por ser o mais jovens, não tem autoridade e nem mesmo consegue convencer as irmãs à ajudarem Marta nos cuidados com a mãe.
Marta acha que não agüenta mais 6 meses nesse pique.
Como vocês imaginam o final dessa história?
Que sugestões dariam para Marta?
Sinta-se em casa e deixe seu comentário.
6 comentários:
Nossa! Que história difícil, não? Nem sei que sugestão eu daria. Só sei que não gostaria de estar no lugar dela... Bem difícil mesmo...
Beijos.
Silvia, eu no lugar da Marta faria uma reunião de família e tentava um acordo para que todos colaborassem, se não chegassem a um acordo eu as colocaria na justiça.
As obrigaçãoes não são exclusivas da Marta, ela faz por amor ao próximo.
Um grande abraço!
Amiga,
Vou lhe contar, já conheci um caso assim, aliás dois e não é fácil, não.
Eu acho que a Marta faz isso por carinho e compaixão, mas não aguentará por tanto tempo, porque isso não é serviço para uma pessoa que cuida da casa e da família também.
Então, é serviço para profissional, para enfermeiro(a) e, no caso, acho que tem que ser conversado com os outros filhos e dividirem os gastos para colocarem uma pessoa que possa cuidar desta senhora doente e idosa até o final de seus dias.
Mas, já sei, dói no bolso das pessoas e quando isso acontece, ninguém quer abrir mão de míseros $$$$$$.
Triste história esta e não desejo para ninguém.
bjs cariocas
sinceramente esta mulher está carregando uma cruz e tanto. eu no lugar dela já teria feito um barraco com as filhas dela a muito tempo.chamaria as 3 e obrigaria todas a pagarem uma enfermeira 24hrs pra cuidar da mãe.Afinal é mãe delas e a nora não tem a menor obrigação de cuidar.ou dava um ultimato ao marido, ou faz alguma coisa, ou eu no lugar dela arrumaria minhas coisas e iria embora numa boa.Aliás acho que já teria feito isso.
Bjs
Vou contar o que a minha mãe fez, estando QUASE na mesma posição da Marta, já que meus avós por parte de pai não ajudaram minha mãe em nada.
Quando ela se viu nesta situação de exaustão, chamou os outros filhos, explicou tudo e pediu que uma vez por semana eles viessem passar um tempo com o pai (neste caso não era a mãe), assim a MINHA mãe poderia ter tempo livre para cuidar dos afazeres dele, que além do mais incluiam a supervisão da PRÓPRIA MÃE, minha vó materna.
Com muita relutância eles aceitaram, com exceção do mais velho, que preferia ajudar com recursos financeiros.
Deu certo?
Esta é outra história.
Mas acredito ser uma boa solução.
bjks
O final desta história? será mais uma pessoa doente, dependente de algum remédio forte!
A solução? Muito simples - primeiro conversar com o marido e ver qual a melhor solução. Segundo,colocar em prática a solução encontrada, com a ajuda de toda a familia. Terceiro, se o restante da familia não aceitar, fechar a porta para eles e mandá-los a pQP! - foi uma coisa que eu fiz - só que eu fui embora, eu bati a porta, eu abandonei todo mundo, por não quererem escutar, conversar...
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