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Sinais da depressão por Ilana Ramos

21 de novembro de 2011 comente

Se você apresenta sintomas como tristeza profunda por muito tempo, apatia, perda do apetite e do sono, cuidado! Você pode estar entre os cerca de 121 milhões de pessoas no mundo todo, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), afetadas pela depressão. E não há motivo nenhum para vergonha. Assim como qualquer outra enfermidade física, como dores e machucados, os sintomas da depressão podem ser tratados e remediados, bastando afastar os convencionalismos, identificar os sinais e procurar ajuda profissional.



O primeiro passo para se dar início a qualquer tratamento é conhecer a doença

De acordo com o psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Sociedade Internacional de Pesquisa em Esquizofrenia Leonardo Palmeira, a depressão “é um transtorno de humor cujas características principais são tristeza, desânimo, falta de prazer, sintomas neurovegetativos (insônia ou aumento do sono) e aumento ou diminuição de apetite. Para identificar a depressão, é bom observar se há uma tristeza profunda, que dura mais de duas semanas. Além disso, a pessoa apresenta muito desânimo, baixa autoestima, não vê graça em nada, não vê sentido na vida”.

Mesmo com a discriminação em torno da depressão, esse termo já está vulgarizado na cultura popular. Diz-se que ou a pessoa está feliz ou está deprimida. O médico explica que “a tristeza passageira se relaciona apenas a algum evento externo como luto, perda de emprego, falência econômica. Como o nome já diz, ela é passageira, dura alguns dias, menos de uma semana. A depressão apresenta outros sintomas como alteração de apetite e do sono. A tristeza passa, todo mundo tem momentos de tristeza. A depressão é uma doença”.

A síndrome depressiva, bem como a tristeza comum, pode ser desencadeada simplesmente por algum fator externo que cause tristeza profunda, como a morte de um ente querido ou a perda de um emprego. No entanto, ela também pode ter raízes muito mais profundas. “A depressão pode ser desencadeada por uma condição médica. Ela pode ser hormonal, uma vez que o hipotireoidismo apresenta sintomas semelhantes; vitamínica, já que a deficiência da vitamina B12 no organismo está associada ao transtorno;e devido a certas doenças crônicas. Algumas pessoas, no entanto, não sabem exatamente o motivo, que é chamada de endógena. Ela vem de dentro e é mais popularmente conhecida como melancólica, que não tem nenhum fator externo evidente”, exemplifica o médico.

No entanto, como muitos já devem imaginar, a depressão também pode estar associada às variações hormonais que acontecem após os 50 anos. Leonardo Palmeira explica que “a depressão é comum em todas as fases da vida, mas após os 50 as causas podem estar associadas à diminuição na produção de certos hormônios, especialmente nas mulheres. Algumas desenvolvem a condição quando entram na menopausa ou na perimenopausa, período que antecede a menopausa. Após os 60, em ambos os sexos, observa-se uma associação da síndrome ao declínio da independência do indivíduo, que começa a ter dificuldades para se manter sem ajuda”.

Superar uma depressão pode não ser fácil, e sem a assistência de um especialista e o apoio da família fica mais difícil. Ainda de acordo com a OMS, menos de 25% das pessoas afetadas pelo transtorno depressivo têm acesso a tratamentos eficazes. Diante desse quadro, procurar ajudar é fundamental para tratar a doença. “A depressão é uma doença recorrente, que pode se manifestar mais de uma vez ao longo da vida. Ela é caracterizada pela diminuição dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina e esse equilíbrio não pode ser corrigido sem o uso de medicamentos. No entanto, o uso da medicação deve ser acompanhado por um médico e em paralelo a sessões de terapia. A participação da família é importante também, pois ela funciona como colaboradora no tratamento. Se o familiar for bem esclarecido ele poderá ajudar ainda mais”, finaliza o psiquiatra.

Por Ilana Ramos redatora do Portal Maisde50
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