FONTE: Ana Cláudia de Assis Rocha Pinto é médica com especialização em Endocrinologia, doutorado em Medicina pela UNIFESP e MBA Executivo pelo IBMEC-SP. Especialista em Gestão de Qualidade de Vida no trabalho pela FIA-USP, com experiência em Prevenção e Promoção à Saúde. Professora responsável pela Disciplina de Prevenção de Doenças Crônicas do MBA Gestão de Programas de Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, do Centro Universitário São Camilo. Conta com várias publicações científicas, larga experiência em operadoras de saúde e consultorias onde assumiu cargos de liderança e direção. Tem experiência como palestrante nacional e internacional. É Coordenadora Técnica do Grupo de Inovação em Gestão de Saúde da ABRH. Atualmente faz parte do quadro de diretores da AxisMed, maior empresa de Gestão de Saúde Populacional do Brasil.
Dia Nacional de combate à diabetes, mitos e verdades.
26 de junho de 2014
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Atualmente, cerca de 382 milhões de pessoas adultas no mundo, número maior que toda a população brasileira, sofre de diabetes de acordo com a estimativa da Federação Internacional de Diabetes (IDF na sigla em inglês).
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O cenário preocupante levou à criação do Dia Nacional do
Combate ao Diabetes, no dia 26 de junho, com o objetivo de alertar a todos
sobre essa epidemia silenciosa. Destes afetados, 11,9 milhões estão no Brasil e
possuem algum dos tipos da doença: tipo 1 ou 2, sendo o segundo o mais comum.
Não bastasse a grande quantidade de doentes em nossa população, dados da
Sociedade Brasileira de Diabetes indicam que 60% destes indivíduos não sabem da
própria situação. Um desconhecimento perigoso que coloca em risco a saúde e o
bem-estar de muitos brasileiros.
Para acabar com as dúvidas sobre a doença e alguns mitos que
a permeiam, a médica endocrinologista Dra. Ana Cláudia Pinto, doutorada pela
Unifesp e atual diretora da AxisMed, a maior empresa de gestão de saúde
preventiva no Brasil, esclarece as perguntas mais frequentes.
Excesso de consumo de doces causa diabetes?
Mito: O que pode causar diabetes é o sobrepeso ou obesidade
que pode ser resultado de uma vida sedentária associada à alimentação
inadequada e a influência de componentes genéticos. Doces não causam diabetes,
mas podem levar ao ganho de peso, e este é um fator de risco para o
desenvolvimento do tipo 2 da doença.
Diabetes mata?
Verdade: Algumas pessoas confundem os avanços no tratamento
e monitoramento da diabetes como um sinal de que se trata de uma doença crônica
não mortal. Isso é um grande engano e, sem tratamento, pode levar à morte dos
pacientes com tipo 2 e, quase certamente, levará ao óbito dos que têm o tipo 1.
Diabetes é hereditário?
Verdade: A carga genética pode ser uma condicionante para o
desenvolvimento da doença. Na diabetes de tipo 2 é mais comum associado aos
fatores de risco onde a maioria dos pacientes apresenta sobrepeso e obesidade.
No caso do tipo 1, pode ocorrer a forma idiopática ou espontânea que é minoria
ou a forma autoimune e associação a alguns genes.
Diabetes pode causar cegueira e impotência?
Verdade: Como a doença causa danos ao sistema circulatório,
ela pode levar a problemas nos vasos da região peniana e/ou nos da retina. O
resultado é dificuldade em encher o pênis de sangue e o crescimento dos vasos
da retina, situação potencial para que ocorram sangramentos. Há, ainda, a
possibilidade dessa situação de crescimento anormal dos vasos causar o
descolamento da retina.
Diabetes é contagiosa?
Mito: O diabetes é uma doença crônica que ocorre devido a
uma disfunção metabólica gerada pela deficiência ou defeitos na ação e secreção
da insulina – hormônio produzido pelo
pâncreas – no organismo e que pode ser resultado de fatores genéticos, como nos
casos do tipo 1, ou devido a maus hábitos como dieta desequilibrada e sedentarismo
que causem aumento de peso. Ou seja, é uma doença desenvolvida e não
transmitida.
Atividade física ajuda no controle da diabetes?
Verdade: Quando se faz exercícios, há uma melhora nos níveis
de glicemia no corpo devido ao aumento da sensibilidade dos tecidos em relação
à insulina, aumentando a captação de glicose nos músculos e redução da glicemia
no sangue. Além disso, se forem regulares (o indicado) estas atividades físicas
levam à perda de peso, o que ajuda a controlar a doença, mas é essencial conversar
com o seu médico antes de iniciar a prática de exercícios.
Insulina é indispensável para todo o diabético?
Mito: Só os diabéticos do tipo 1 precisam deste hormônio, já
que não o produzem naturalmente. Já os do tipo 2, que perfazem 90% dos casos, dificilmente
precisarão utilizar a insulina se fizerem adequadamente o tratamento, com
exercícios, monitoramento do índice glicêmico e alimentação regrada e
balanceada. Mas para isso, o ideal é que a doença seja identificada ainda no
início e tratada com rigor e seriedade.
Cirurgia de redução de estômago/intestino curam diabetes?
Mito: Quem passa por esses procedimentos obtém melhora nos
níveis de glicemia e perda de peso, o que ajuda no controle da diabetes, mas se
voltar a engordar, a doença retorna.
Diabetes tem sintomas?
Verdade: Cerca 50% dos diabéticos desconhecem a patologia
por ser pouco sintomática, sendo os principais sintomas: urinar excessivamente,
inclusive no meio da noite; sede excessiva; aumento do apetite; perda de peso –
nos obesos a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva;
cansaço excessivo; vista embaçada ou turvação visual e infecções frequentes,
sendo as mais comuns, as infecções de pele.
No diabetes tipo 2 estes sintomas quando presentes se
instalam de maneira gradativa e muitas vezes podem não ser percebidos pelas
pessoas. Ao contrário no diabetes tipo 1 os sintomas se instalam rapidamente,
especialmente, urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento.
Quando o diagnóstico não é feito aos primeiros sintomas os portadores de
diabetes tipo 1 podem até entrar em coma, ou seja perder a consciência, uma
situação de emergência e grave. Quaisquer que sejam os sintomas, um médico deve
ser procurado imediatamente para realização de exames que esclarecerão o
diagnóstico.
Diabetes tem prevenção?
Verdade: Para as pessoas propensas a adquirirem diabetes,
elas podem se prevenir com uma alimentação adequada, sem gorduras e com muitas
fibras; com atividade física regular e fazendo exames regulares de níveis de
glicose.
As principais ações de prevenção primária, que protegem
pessoas suscetíveis a desenvolver diabetes, podem reduzir ou até mesmo retardar
o desenvolvimento da doença e reduzem a incidência de diabetes tipo 2. Estão
relacionadas ao estilo de vida com foco na alimentação saudável e prática
regular de atividade física. Já as intervenções no controle da obesidade,
hipertensão arterial, dislipidemia e sedentarismos além de prevenir o
surgimento de diabetes também contribuem na prevenção de doenças cardiovasculares.
FONTE: Ana Cláudia de Assis Rocha Pinto é médica com especialização em Endocrinologia, doutorado em Medicina pela UNIFESP e MBA Executivo pelo IBMEC-SP. Especialista em Gestão de Qualidade de Vida no trabalho pela FIA-USP, com experiência em Prevenção e Promoção à Saúde. Professora responsável pela Disciplina de Prevenção de Doenças Crônicas do MBA Gestão de Programas de Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, do Centro Universitário São Camilo. Conta com várias publicações científicas, larga experiência em operadoras de saúde e consultorias onde assumiu cargos de liderança e direção. Tem experiência como palestrante nacional e internacional. É Coordenadora Técnica do Grupo de Inovação em Gestão de Saúde da ABRH. Atualmente faz parte do quadro de diretores da AxisMed, maior empresa de Gestão de Saúde Populacional do Brasil.
FONTE: Ana Cláudia de Assis Rocha Pinto é médica com especialização em Endocrinologia, doutorado em Medicina pela UNIFESP e MBA Executivo pelo IBMEC-SP. Especialista em Gestão de Qualidade de Vida no trabalho pela FIA-USP, com experiência em Prevenção e Promoção à Saúde. Professora responsável pela Disciplina de Prevenção de Doenças Crônicas do MBA Gestão de Programas de Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, do Centro Universitário São Camilo. Conta com várias publicações científicas, larga experiência em operadoras de saúde e consultorias onde assumiu cargos de liderança e direção. Tem experiência como palestrante nacional e internacional. É Coordenadora Técnica do Grupo de Inovação em Gestão de Saúde da ABRH. Atualmente faz parte do quadro de diretores da AxisMed, maior empresa de Gestão de Saúde Populacional do Brasil.
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