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Idoso e família por Heloisa

25 de agosto de 2009 2 comentários
LONGEVIDADE
Recentemente conheci a Heloisa, do Blog da Vovó... mas não só, que se auto define assim: "Sou uma pessoa que adora aprender coisas novas e enfrentar desafios, e fico ultra-feliz quando consigo vencê-los. Por isso estou aqui, como blogueira".
Mesmo sem conhecê-la, percebo nela, uma pessoa extremamente amorosa e docE... os demais atributos da Heloisa, vocês poderão perceber , visitando o seu blog, e foi lá que li, uma postagem sobre idosos com uma visão, muito interessante, que com a autorização dela , reproduzo aqui.


abraços Heloisa, e muito obrigada.


Caminhando na praia, vi sentadas num banco, de frente para o mar, uma senhora bem idosa e sua acompanhante. As duas estavam de mãos dadas e com as cabeças encostadinhas.

A senhora estava com os olhos fechados, e a jovem, devidamente uniformizada, encostada na idosa com um olhar amoroso.

Pensei, então, como essas moças contratadas para acompanhantes de idosos acabam se afeiçoando a eles e, muitas vezes, transformando-se na única, ou quase única, fonte de carinho e atenção para os mesmos.

Pensei, também, em como deve ser enorme o número de idosos que, embora com família, muitas vezes família grande, não merece ainda que esporadicamente uma visita dos seus descendentes. São filhos, netos e bisnetos, que poderiam levar, por algumas horas, um pouco de carinho, um clima de alegria (principalmente quando acompanhados por crianças) e um “ar” de família ao local onde os idosos residem: sua casa ou abrigo.

Pensei, ainda, como é difícil dar amor, e manifestar carinho para alguém que já não pode retribuir.

Para uma criança, é fácil. Damos carinho e logo recebemos um sorriso, ou uma risada.

Para um idoso, quando mostramos afeição, muitas vezes sequer recebemos um reconhecimento da nossa pessoa. Anos atrás ele conhecia todos os seus descendentes e, com certeza, interessava-se por eles. Nessa época, a convivência era diferente. Porém, com as mazelas da idade, tudo muda. E a vida moderna, com todas suas dificuldades, necessidades e individualismo, colabora para o distanciamento dos familiares. Assim, principalmente os jovens, acabam se afastando. Talvez não encontrem sentido numa visita em que, muitas vezes, não serão reconhecidos.

Acho, contudo, que uma coisa é certa: a sensibilidade dos idosos se mantém. A necessidade de amor e de afeto, também.

Por isso, penso que aqueles que devem sua vida, lá longe, a um ato de amor desses idosos, poderiam ser generosos, no sentido de se programar para visitar seus velhinhos de vez em quando, nem que fosse para poderem passar alguns minutos de mãos dadas com eles, e com as cabeças carinhosamente juntas.


Fotos daqui e daqui.

LONGEVIDADE

2 comentários:

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Silvia,
Muito obrigada. Adorei fazer parte do seu blog, e espero continuar a receber sua visita no meu.
Beijo.

Lu Souza Brito disse...

Muito lindo este post. Parabéns a você e a Heloisa.