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exercício físico protege os neurônios cardíacos do processo natural de envelhecimento. Eles são responsáveis pelo controle da frequência dos batimentos e da pressão arterial

29 de outubro de 2010 2 comentários
 
“É natural envelhecer, ter rugas, ossos mais frágeis e perder músculos. Todos querem, porém, ter independência e funcionalidade sem depender de ninguém. E o meio para se chegar a isso é o exercício físico”, aconselha.


"Fiação" cardíaca
O coração, como diversos outros órgãos, apresenta conjuntos de neurônios em suas paredes. Eles se organizam em aglomerados que são denominados plexos. Nesse caso, são chamados de plexo cardíaco.

Um estudo apresentado na Universidade de São Paulo (USP) constatou que praticar exercícios regularmente protege os neurônios do coração do processo de envelhecimento. A conclusão é de que com o avançar da idade os neurônios são eliminados naturalmente e, para ocupar os espaços vagos, os que ainda restam aumentam de tamanho. Esse mecanismo, natural do corpo humano, é uma tentativa de manter a função de proteção mesmo com a perda numérica. Em quem pratica atividades físicas, essa substituição ocorre com intensidade menor.

As consequências desse processo estão ligadas às alterações no controle da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de dar força de contração ao músculo cardíaco.

Assim como todos os neurônios presentes no organismo, os do coração trabalham como um tipo de fiação elétrica. Eles recebem estímulos do sistema nervoso central para manter a função cardíaca equilibrada. São espécies de elos que intermedeiam o sistema nervoso central e o coração. A perda dos neurônios implica em uma estratégia compensatória: o organismo lança mão de um mecanismo para ocupar o espaço vazio deixado pelos que morreram e aumenta o tamanho dos que ainda vivem. Segundo Eliane, o tamanho absoluto dos neurônios não é a questão principal. O fato importante é que eles se distribuem em populações — de grandes, médios e pequenos neurônios — e, com o avanço da idade, ocorre uma diminuição pronunciada.
A fisioterapeuta conta que esse procedimento de “reposição” resolve apenas parcialmente o problema da perda, pois os neurônios de maior tamanho apresentam menor excitabilidade. “Isso significa que é necessário um estímulo com intensidade maior para que ele funcione, ou seja, para que desempenhe o papel de um neurônio, que é transmitir estímulos. Se essa função está abalada, compromete também a função cardíaca”, explica.

O geriatra Romeu Souza diz que o envelhecimento dos neurônios é variável de acordo com a pessoa, mas geralmente se inicia aos 25 anos. Ele conta que os neurônios que já morreram não são recuperados com o exercício, no entanto, a partir do momento que a atividade física é inserida no dia a dia da pessoa, o processo diminui e a perda é minimizada. “Perder neurônios é natural. Mesmo praticando exercícios, a eliminação continua, porém com menor intensidade”, esclarece.
Para Romeu, a existência de neurônios maiores no organismo é percebida quando, por exemplo, a atividade moderada, e em pessoas com condicionamento físico baixo, aumenta a frequência cardíaca, que demora a voltar ao normal. Ele explica que a perda desses neurônios e a substituição pelos maiores vai fazer com que a frequência atinja um menor patamar, durante o exercício físico. “No jovem, chega a 220 batimentos por minuto no exercício intenso, ao passo em que, no idoso, chega a 140, no máximo,”, ilustra. Segundo ele, a força de contração também diminui, fazendo com que o volume de sangue ejetado por minuto diminua.



A pesquisa faz parte do trabalho de pós-doutorado da fisioterapeuta Eliane Florencio Gama, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB), com orientação do biólogo Edson Aparecido Liberti.
 
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2 comentários:

Cristiane A. Fetter disse...

Sem contar que traz energia, socializa, diminui o estresse e a depressão.
bjks

Lu Souza Brito disse...

Nossa Silvia, além de todos os benefícios já conhecidos, em mim elimina o mau humor. Quanto estou praticando exercícios sinto um bem estar tão grande, uma prazer que pode ser comparado com a sensação de degustar aquele prato preferido.
E este bem estar se estende ao longo do dia, coisa incrível.

Beijoooooos