O consumo de canela pode retardar o avanço da doença de Parkinson.
16 de julho de 2014
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Um estudo do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, nos EUA, indica que o consumo de canela pode retardar o avanço da doença de Parkinson. A pesquisa foi publicada no Journal of Neuroimmune Pharmacology.
Fonte: BBC
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O grupo de investigadores liderado pelos professores de Neurologia
Kalipada Pahan e Floyd A. Davis conduziu o estudo em ratos afetados pela doença
de Parkinson e descobriu que a canela foi capaz de retardar as mudanças
celulares, bioquímicas e anatómicas no cérebro das cobaias.
Dois tipos de canela são usados com mais frequência nos Estados Unidos.
O primeiro é a canela chinesa (cinnamon cassia) e o outro é a canela do Sião
(cinnamonum verrum). Ambos são metabolizados pelo fígado para se transformar em
benzoato de sódio, uma droga usada para tratar deficiências no metabolismo
hepático.
Depois de a canela ser metabolizada pelo organismo, o benzoato de sódio
vai para o cérebro, onde ajuda a prevenir a perda de proteína DJ-1.
O benzoato de sódio não ajudou apenas a prevenir a perda de DJ-1 no
cérebro dos ratos, como também «protegeu os neurónios, normalizando os níveis
de neurotransmissão, e melhorou as funções motoras», de acordo com os
cientistas. O cérebro de pacientes que sofrem da doença de Parkinson
normalmente carece de Parkin e DJ-1 –e, segundo os médicos, evitar essa perda
seria o caminho para retardar a progressão da doença.
A doença neurológica que provoca tremores no corpo e afeta a mobilidade
atinge aproximadamente 10 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo dados de
agências e entidades de apoio, uma em cada 500 pessoas sofre ou vai desenvolver
sintomas da doença de Parkinson na sua existência.
A equipa da Universidade Rush descobriu que os ratos beneficiaram da
ingestão da especiaria. «A canela tem sido usada em grande escala como
especiaria há muitos séculos», afirmou o especialista Kalipada Pahan. «Esta
poderia ser uma das abordagens mais seguras para impedir a progressão da doença
de Parkinson em pacientes».
O médico disse que agora é uma questão de traduzir essa descoberta num
medicamento que possa ser usado por quem sofre da doença. O caminho, porém,
ainda é longo, já que serão precisos testes com pacientes. «Se os resultados se
confirmarem nesses testes, seria um avanço considerável no tratamento dessa
doença devastadora», disse.
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