Dê um beijinho que sara. - Adaptação Silvia Masc
3 de abril de 2013
7 comentários
Uma das tantas doces lembranças que tenho da minha avó paterna é uma frase e seus efeitos: – “Deixe eu dar um beijinho que sara”, quanta sabedoria, vejo eu agora. Isso acontecia quando eu ainda pequena me feria, como qualquer criança, ia mostrar o ferimento, e ela sempre curava com água, sabão e carinho, lendo a artigo abaixo, me lembrei imediatamente desse fato.
Uma distração ou uma paixão. O que quer que você tenha à mão nesse momento, acredite, pode ser o melhor analgésico para eventuais dores. O amor é mesmo poderoso e alivia, atesta um novo estudo realizado na Universidade de Stanford, nos EUA. Trocas de carinho e de afeto ativam as mesmas áreas do cérebro em que as aspirinas, por exemplo, atuam. Ocupações simples podem provocar o mesmo efeito. Nos dois casos, o tratamento pode sair de graça. Ou bem mais barato do que ir até a farmácia.
Oito mulheres e sete homens apaixonados e no início de uma nova relação participaram da pesquisa. Os estudiosos pediram que cada um levasse uma foto da pessoa amada e de um conhecido por quem também sentissem atração. Separados os grupos, os pesquisadores mostravam as imagens para os participantes enquanto aqueciam um simulador termal localizado nas mãos de cada um, com o objetivo de gerar dor leve.
O resultado? Ao olhar para as fotos dos amados, a intensidade da dor provocada pelo simulador era menor. Já diante das fotos das pessoas consideradas atraentes também provocaram reações, mas em menor grau, ou seja, sob efeito da paixão, a resistência é bem maior.
Para quem não está apaixonado, os cientistas sugerem outros meios para diminuir a dor. Meras distrações podem dar conta do recado, dizem os pesquisadores, que também testaram o nível de alívio da dor quando os participantes se ocupavam com questões banais como “pense em um esporte que não use bolas”.
O resultado, em ambos os casos, foi tão forte quanto as reações provocadas pelo suposto efeito do amor. A diferença está na área afetada do cérebro. A distração agia na parte superior, enquanto o amor chegava mais fundo. “A anestesia induzida pelo amor ativa estruturas profundas que podem bloquear a dor a nível espinhal – similar a como analgésicos funcionam”, explica Jarred Younger, um dos condutores da pesquisa.
Os cientistas ainda não recomendam que se abra mão dos remédios anestésicos em favor apenas de se encontrar alguém para amar ou por uma rodada de carteado, mas esperam entender melhor os mecanismos que o corpo usa para se defender da dor e produzir novas formas de alívio.
O grande trunfo do estudo é a confirmação de que não é preciso se apoiar em medicamentos – e seus efeitos colaterais – para conseguir alívio. Abrir o coração pode fortalecer suas barreiras contra a dor.
E você? Sua dor é menor quando é alguém que você ama que está cuidando dela?
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7 comentários:
Lindo, mágico ec encantador esse texto que mexe com nossas lembranças...beijos e realmente um amor faz muito!chica
É verdade a afirmação de que um beijo de amor cura.... sempre qdo sinto dor de cabeça, por alguma incomodação aqui no trabalho, eu paro e penso nas coisas que amo... e a dor vai diminuindo, diminuindo...
Eu acho que não há necessidade de se fazer tantas pesquisas complicadas. Basta analisar os fatos por si mesmo: Por que é que uma criança quando sente alguma dor, corre para o colo da mãe? Por que é que quando morre alguma pessoa amada, as pessoas abraçam os entes mais queridos? Por que é que quando sentimos alguma dor, buscamos apoio na pessoa amada? Eu já soube de casos de pessoas que estando profundamente abaladas pela morte de um ente querido, procuram consolo nos seus amados e acabam fazendo sexo no mesmo instante! Tudo isso, não ajuda a diminuir a dor?
Não sei se estou errado, confundindo amor com apoio. Mas acho que os dois estão profundamente ligados. Como uma pessoa pode amar outra sem sentir apoio, sem sentir que em qualquer momento difícil pode contar com ela?
Caro Roberto,
Muitas pesquisas são feitas, apenas para confirmar cientificamente aquilo que possa ter sido percebido de forma não acadêmica,as coisas não podem ser ditas como certas, se não forem realmente testadas, sabemos sim que amor e carinho é algo "milagroso" e cura mesmo, mas não víamos as nossas reações cerebrais, como foram vistas na pesquisa.
abraços e obrigada pelo seu comentário.
Ô beijinho santo. infalível
Adorei o texto, é encantador. Nos faz lembrar a infância. Quantos beijinhos da mamãe e do papai, que bom recordar esse tempo! Passarei a fortalecer os beijinhos nos netinhos, com certeza, não podemos deixar morrer esses hábitos positivos nessa geração tão virtual, não é mesmo?
Boa semana pra vc e obrigada pela sua visita!
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